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Pesquisa da FGV mostra o impacto da desinformação nas eleições




A poucos dias das eleições que definirão gestores municipais e vereadores para 2021, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou a pesquisa Desinformação On-line e Eleições no Brasil. O estudo investiga a circulação de conteúdos que incitam a crença na existência de fraude nas urnas e de manipulação eleitoral no Brasil, distribuídos no Facebook e no YouTube entre os anos de 2014 e 2020. A análise se baseia em 103.542 postagens com links, em Língua Portuguesa nas duas plataformas.


O objetivo da pesquisa é oferecer uma documentação do histórico de ocorrência de narrativas que alimentam processos de desinformação sobre o sistema eleitoral do país. Em linhas gerais, a pesquisa revelou que essa produção discursiva  segue a tendência de picos de circulação das URLs em anos eleitorais, mas se mantém persistente em anos não eleitorais. Entre as publicações, se destaca o questionamento da legitimidade de processos democráticos.


Resultados


O volume de publicações que confronta o sistema eleitoral saltou exponencialmente em 2018, no contexto da corrida presidencial, mas essa tendência se mantém elevada ao longo de 2020, na esteira das eleições municipais. Esses dois anos, somados, englobam a metade dos posts no Facebook (48,2%) e no YouTube (45,3%). Do mesmo modo, juntos, 2018 e 2020 somam 50.931 postagens com links, o que representa a metade, ou 49,1%, do corpus de 103.542 publicações analisadas ao longo desses sete anos. O ano de 2020, assim, já desponta como o segundo com mais conteúdos sobre o tema no período, mesmo contando com apenas nove meses de coleta.






De maneira geral, os anos eleitorais concentram picos de interações a esses conteúdos ao longo dos meses de setembro e outubro, quando ocorrem as campanhas e votações. Já os anos não eleitorais exibem padrão de estabilidade em ocorrência e engajamento. No período entre janeiro de 2014 e outubro de 2020, foram registradas 16.107.846 interações totais no Facebook e 23.807.390 visualizações totais no YouTube.


Eleições 2020


Os três links mais compartilhados este ano são, na verdade, publicações antigas, com forte presença nas redes ao menos desde 2018. Os links antigos, no entanto, também foram acompanhados por seis matérias que tiveram a primeira publicação em 2020. O número de links inéditos, somado ao aumento geral de compartilhamentos sobre o assunto, sugere uma caraterística de campanha intencional no agendamento desse tema.




Estudo completo


Para acessar a pesquisa na íntegra, clique aqui.



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